Vídeo-aula 26: O papel da escola no processo educativo de Direitos Humanos – Aída Monteiro



A aula discute a Educação como um direito social básico que deve contribuir para humanização de todas as pessoas. É papel da escola garantir uma educação que possibilite às pessoas a terem consciência e conhecimento dos seus direitos e deveres, através de práticas pedagógicas que contribuam para a problematização, a crítica e a construção do conhecimento nas diversas áreas do currículo, dialogando com os conhecimentos de direitos humanos.
A escola é o local em que socialização, aprendemos e construímos diferentes aprendizagens, e isso pode contribuir para que nos tornemos mais solidários ou não.
A escola tem uma função social, reúne pessoas que pensam e discutem e podem socializar os conhecimentos.
A educação é multidimensional: no campo cognitivo vamos aprender um conhecimento transversalizado por valores, por concepções, crenças... por conhecimentos que perpassam a nossa personalidade.
A escola para trabalhar uma proposta de educação que tenha em vista o objetivo de educar para o respeito, a materialização e a ampliação dos Direitos Humanos precisa ter uma intencionalidade: não existe projeto que não tenha direcionamento, por isso todo projeto pedagógico é político, pois é uma intenção de valores e de proposições. É o projeto orientador de suas ações. É necessário que as ações busquem o fortalecimento da democracia, fortalecendo a ampliação e o respeito aos direitos e um estímulo para que sejamos mais tolerantes e menos preconceituosos.
A Escola é um espaço importante pois está no diálogo permanente com conhecimento mas também com valores e atitudes.
Os conteúdos dos direitos humanos precisam ser trabalhados dialogando com o conjunto de disciplinas ou componentes curriculares.
A proposta curricular precisa contemplar a diversidade no seu sentido mais amplo.
A sociedade brasileira avança quando propõe legislações na área da educação indígena, educação especial... questões que antes não eram tratadas, mas que são fruto do processo democrático. Por isso, precisam ser trabalhados desde o currículo escolar para que sejam consolidados e para que se aprenda a respeitar diferenças de raça, etnia, orientação sexual, crença religiosa, ou seja, aprenda-se o respeito a diversidade.
É importante ter uma metodologia que contribua para que não aprenda-se o conhecimento, mas que também se saiba fazer a crítica por meio do diálogo inclusive fora do ambiente escolar. A aprendizagem é permanente e deve-se dar no decorrer do cotidiano.
Trabalhar a identidade do estudante é também um fator muito importante: mostrar que ele é um sujeito de direitos e, por consequência, também de deveres.
É necessário que as escolas trabalhem uma política de Estado, não de governo, ou seja, para que haja uma continuidade independente do governo que esteja a frente naquele momento.
A escola tem um papel fundamental na perspectiva de buscar um enraizamento das novas formas de compreender o outro como um ser social.


 





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